No corrimão
gotejava sal
na cúpula
espalhava sal
no pavimento
sanfonava sal
no salão principal,
sal na boca dos Beats
na barba dos Storms
na cabeça branca
das gerações.
no palco,
cardápio:
uma salada de sal
à lingua
do ouvido
[com direito
a sanfoneiro
como tira-gosto, o amante de Carla
molha no rosê
As Vitrines:
sal na poesia dos outros é afresco.
acompanhamento
com os miolos a dez metros de distância
e Dois Riachos de sal
interpretando Leal
cansa
e dança
um chamego
Silvana.
Pediram uma Coroada
em Conchas de sal:
Adélia Floresceu
na boca
do cachorro.
Mas Tivemos Uma Surpresa!
falando de jogos
Gol de Lo Coco!
(e põe sal no placar)
assoviando alto
e levantando o braço,
escrevia Jordão, no ar, para os serventes
Sombras
e Solares
salgados como seu GRITO!
os servidos, então,
aplaudiram
a conta
salgada.
de cortesia,
dois cafés:
um feito na Panela
e outro coado
na viola
de Leonel.
Este escrito tem uma designação especial ao primeiro dia do I Festival Internacional de Poesia do Recife, permeado pelo experimentalismo salino fundamental de Biagio Pecorelli, marco-inspirador do poema.
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